A DITOSA APARIÇÃO DE LEÃO 14 4n691i
A tradição rege a autonomeação de um papa. O cardeal decano pergunta em latim: “Quo nomine vis vocari?” (Com que nome queres ser chamado?). Nesse momento o novo papa escolhe o nome que usará durante seu pontificado. A escolha pode ser feita por iração a um papa anterior ou para mostrar que deseja seguir um novo caminho.
Quando ele apareceu na varanda central da Basílica de São Pedro, no Vaticano, na tarde da última quinta-feira, dia 8, imediatamente reagi: “Ele tem cara de papa!”
O norte-americano Robert Francis Prevost, 69, naturalizado peruano, onde viveu por mais de vinte anos, foi ovacionado com notável alegria por uma multidão que lotava a praça São Pedro. E ele, com graça, expressiva em seu rosto e no movimento das mãos, se irmanou com todos os que estavam ali e com mais de um bilhão de católicos ao redor do mundo.
Tendo adotado o nome de Leão 14, que tem si em um enorme significado social, foi nomeado pelo seu amigo, o papa Francisco, que deixa uma marca indelével na história secular do papado por sua magnífica postura humanista, justa e a favor dos pobres e oprimidos de todo o mundo.
Leão 14, poliglota, preparado ao longo de sua carreira clerical, talvez forme uma contínua sinergia com Francisco, ambos são símbolos importantes não apenas da cristandade, mas da própria história dos povos na Terra.
Ambos são defensores da paz, da harmonia entre os povos, do respeito e, não seria exagerado dizer, que, igualmente, fizeram opção pela humildade em suas condutas exemplares para todos nós, seres humanos.

Talvez a escolha não poderia ser melhor do conclave considerando as turbulências provocadas no mundo pelo presidente Trump, dos Estados Unidos, como se este tivesse se autonomeado dono do mundo, enquanto a natureza dá mostras de exaustão manifestada pelas impiedosas mudanças climáticas e as guerras em curso são óbvios motivos de inquietação.
Certamente, o cristianismo que constela mais de 1 bilhão e quatrocentos milhões de fiéis receberão, além das bênçãos habituais, novas mensagens compatíveis com esses tempos de inteligência artificial, que o novo papa considera positiva, se estiver a serviço da humanidade, e não o contrário.
Bem, sempre que há um novo ritual de agem para a eleição de um novo papa, surgem as ondas de “profecias”, não raro para assustar pessoas demasiadamente crédulas, como se o fim do mundo estivesse se aproximando.
Nada disso! O novo papa é motivo da mais ampla esperança de novos tempos de fé, amor e solidariedade entre os homens.
Obrigado Francisco pelo seu herdeiro, e obrigado, Leão 14, pelo que simboliza e fará em favor de toda a humanidade. (Carlos Rossini é diretor da TVUNA e editor de vitrine online).