JURUPARÁ – EX-VEREADOR LINO JR. DIZ QUE TERRAS DE SUA FAMÍLIA FORAM “ROUBADAS” 6k3e

O ex-vereador ibiunense Lino Jr. é o convidado desta quarta-feira (26) da TVUNA. O programa será transmitido ao vivo, às 18h, pelo Youtube, Instagram e Facebook. E você poderá interagir por meio chat do canal. Inscreva-se: youtube.com/@tv-una.

Vitrine online e a TVUNA, para aqueles que nos acompanham, tem apoiado a causa do povo do Jurupará, por considerá-la justa e humanitária. Assim, contará, por mais um protagonista, essa história que precisa ser mais conhecida e a justiça, ainda que tardia, seja feita.

O SONHO DE UMA FAMÍLIA

“Cheguei no Jurupará com apenas seis meses  de vida junto com o meu pai, Armelino, e minha mãe, Célia, e já havia ali muitas famílias morando. Meus pais achavam que o local ia se desenvolver. Morávamos inicialmente numa casa de pau a pique e em 1988/89 amos a morar numa casa de alvenaria construída com muito suor.”

Assim, o ex-vereador Lino Júnior inicia sua narrativa de uma história dramática vivida por mais de seiscentas famílias, muitas das quais nativas, cujas terras foram confiscadas pelo governo do estado de São Paulo por meio de um decreto de 1992 que criou o Parque Estadual do Jurupará, numa extensão de 26 mil hectares, no município de Ibiúna e numa pequena arte de cerca de 2% no município de Piedade.

TUDO DENTRO DA LEI

O terreno comprado por seu pai, já falecido, era a realização de um sonho e tudo foi legalmente respeitado: regisrro em cartório, mapa das divisas, impostos pagos, ITR, cadastro no Incra.

Essa informação é relevante porque, depois que o decreto draconiano do governo estadual, todas aquelas famílias que ali plantavam, criavam animais, enfim produziam, aram a ser tratadas como “invasoras”, fato repelido com veemência pela associação que representa e defende os direitos daquelas famílias.

Segundo Lino, o governo criou uma área de “proteção integral”, mas que todos poderiam ficar tranquilos que se tivessem que sair “todo o nosso investimento seria indenizado. Mentiram.”

EXPULSÕES E DEMOLIÇÕES

Na realidade, muitas famílias já foram expulsas das suas terras, tiveram suas casas demolidas. Em suma perderam o que tinham levado toda a vida para construir.

Lino, pela forma injusta com que o governo estadual tem tratado esse assunto e feito reintegrações de posse “criminosas nesses mais de trinta anos”, sente-se como se sua família tivesse sido “roubada”.

“NÃO SOMOS INVASORES”

“Não somos invasores. Meus pais compraram e pagaram pelas terras.”

O ex-vereador disse ainda acredita na justiça  e que espera ver seus direitos respeitados, assim como os de todos os demais, incluindo muitas pessoas simples e humildes que nem mesmo chegaram a ser informadas e não sabiam das medidas arbitrárias que eram tomadas unilateralmente pelas autoridades estaduais.

A gleba de sua família está localizada no bairro Ribeirao Grande no município de Piedade.

Carlos Rossini 71725n

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.

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